quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

VIDA E MORTE DO MÁRTIR GUERREIRO SÃO SEBASTIÃO


O seu nome deriva do grego “Sebastós” que significa divino, nasceu na Cidade de  Narvonne na França e cresceu em Milão Itália. A sua mãe era cristã, e isto não era tão comum naquela época, pois os cristãos eram perseguidos como inimigos do Estado pelo fato de não adorarem aos deuses pagãos. Todos os que adotassem essa nova religião seriam aprisionados e lhes eram confiscados os seus bens.

Daí então, a mãe de Sebastião,  transmitiu ao filho o dom da fé cristã. De acordo com a tradição oral , atribuídos a Santo Agostinho de Milão, ainda jovem, partiu para Roma e  foi soldado como o pai por volta de 283 d.c. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos enfraquecido diante das torturas. Corajoso, logo conquistou a admiração dos colegas e do próprio imperador que o nomeou para ocupar o invejado posto de capitão da guarda pretoriana, em que era incumbido de zelar pela segurança da família do temido Imperador Diocleciano. Mas sua vontade de servir o exército diminuía a cada dia ao ver as atrocidades que os militares cometiam contra os cristãos a mando do governante.  Como guarda imperial tinha contato diário com prisioneiros condenados à  morrer e ficava cada vez mais comovido com a situação deles. Sebastião aproveitou seu acesso irrestrito aos cárceres e começou a freqüentá-los escondido dos superiores. Para tentar amenizar suas dores, ele oferecia palavras de esperança e conforto. Muitos acabaram se convertendo ao cristianismo ao descobrir o Deus de Sebastião. Soldados também começaram a se interessar pelas conversas do colega e decidiram abraçar a sua fé para se sentirem mais aliviados. Isso tudo acontecia durante o século 3, quando era proibido seguir os ensinamentos de Jesus Cristo. Não demorou para Sebastião ganhar fama e seus atos chegarem aos ouvidos do Prefeito de Roma, Cromácio. Mas o soldado acabou sendo poupado. Segundo uma das versões da história, o prefeito sofria com um grave reumatismo e pediu para Sebastião curá-lo de qualquer maneira. O militar, então, batizou Cromácio, que decidiu não puni-lo e ainda abandonou a política para abraçar a  causa cristã. Logo, o papa soube do ocorrido e aconselhou Sebastião a fugir de Roma para não ser castigado. Mesmo ameaçado, o soldado ficou e Diocleciano descobriu quem era o traidor de seu império. Mesmo assim, tentou fazer Sebastião se arrepender, Ofereceu-lhe presentes e fez ameaças para ele desistir de sua fé. Como de nada adiantou, mandou matá-lo. O soldado foi despido, amarrado a uma árvore e alvejado por muitas flechas e conforme o desejo do Imperador as flechas não atingiram nenhum órgão vital, para que morresse lentamente.  Depois de esperarem terminar o sofrimento do mártir, os algozes ouviram o que parecia ser o último suspiro do condenado e foram embora. Nesse mesmo instante, uma viúva que passava pelo local, chamada Irene, que o socorreu. Mesmo sem conhecê-lo, ela levou Sebastião para sua casa e cuidou de cada um de seus ferimentos. Anos mais tarde, a mulher foi condenada por ser cristã e morreu queimada, no ano de 304. Irene virou Santa Irene e sua festa é comemorada em 3 de abril.


Assim que se recuperou Sebastião demonstrando muita coragem se apresentou diante do imperador, censurando-o pelas  injustiças cometidas contra os cristãos: pediu o fim das  perseguições aos cristãos e o acusou de inimigo do Estado. Diocleciano não acreditava no que via e, como castigo por tal petulância, mandou açoitá-lo com paus e bolas de ferro. O soldado morreu em 20 de janeiro de 288 e seu martírio foi assistido em Roma por uma multidão. O imperador mandou que seu corpo fosse jogado nos esgotos de Roma para que o militar não fosse venerado pela população. Porém, de nada adiantou. Seus restos mortais foram recuperados por seguidores e guardados nas catacumbas  da cidade, ao lado das relíquias de São Pedro e São Paulo. A veneração aconteceu ali mesmo. 







A estátua mede 13 metros e foi feita na década de 70
Sebastião foi canonizado por aclamação popular e ganhou do papa o título de Defensor Glorioso da Igreja de Cristo. Ele virou um exemplo de coragem e amor ao próximo. Após sua morte, textos sobre seu martírio eram afixados nas paredes de Roma e eram lidos também na biblioteca da cidade naquela época, várias localidades tinham o mesmo costume. A Igreja construiu em Roma uma basílica em sua honra e, na Idade Média, o local tornou-se um centro popular de devoção e peregrinações. Os milagres atribuí-los a São Sebastião começaram ainda em vida. Dois irmãos, prisioneiros capturados pelo Império Romano, resolveram tirar a própria vida para evitar as torturas e martírio. Ao saber da decisão deles, Sebastião levou suas palavras de fé e  conseguiu encorajá-los a enfrentar seu destino. Os dois desistiram do suicídio. Ao mesmo tempo, Zoé, a esposa de um dos carcereiros, que era muda, pediu perdão a Sebastião pelos maus-tratos que o marido cometia contra inocentes e recebeu o sinal-da-cruz sobre ela. Em seguida, Zoé recuperou a fala. Outro milagre diz respeito ao dia em que suas relíquias foram transportadas para a basílica de São Paulo, em Roma. Em 680, uma terrível peste assolava a população da cidade. Mas ela desapareceu de uma hora para outra depois que os restos mortais de Sebastião desembarcaram na Basílica. Ele, então, ficou conhecido como protetor contra a peste e as doenças contagiosas. A tradição oral diz que por onde as relíquias passavam, acontecia um milagre parecido. E foi assim por duas vezes - em 1575, em Milão, na Itália, e em 1599, em Lisboa, em Portugal. No Brasil não foi diferente. Seus milagres continuaram a acontecer. A devoção ao santo começou no período colonial. Em 20 de janeiro de 1567, dia da festa do santo, portugueses lutavam para expulsar invasores franceses da baía de Guanabara quando os militares lusitanos foram cercados pelas canoas dos índios tamoios. De repente, ouviu-se um estrondo em uma das embarcações dos portugueses e os índios fugiram. Já os soldados viram um jovem guerreiro usando armadura e lutando para expulsar os invasores. A partir de então, São Sebastião, a visão em questão, tornou-se o padroeiro do Rio de Janeiro. 






SÃO SEBASTIÃO É PADROEIRO DOS BOMBEIROS, DOS QUE SOFREM EPIDEMIAS,  PROTETOR CONTRA A PESTE, A FOME E PROTETOR DOS PRESIDIÁRIOS.











      As festas em sua homenagem acontecem principalmente em cidades do litoral. Pela manhã, pescadores fazem uma procissão marítima e pedem ao santo que tenham bastante pescaria durante o ano.  São Sebastião é padroeiro dos Bombeiros, dos que sofrem epidemias, também passou a ser conhecido como protetor contra a peste, a fome e protetor dos presidiários.
            
      O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas). Mas a pintura mais conhecida foi feita em 1525 pelo pintor Geovani Antonio Bazzi, mais conhecido como “Sodoma”  para a Confraria de São Sebastião o estandarte representando o santo amarrado a uma árvore perfurado de flechas e recebendo a coroa dos mártires. Talvez não exista figura de homem mais perfeita na pintura. Nesse estandarte seu semblante traduz a veemência de uma grande dor, a inclinação do corpo diz que ele se oferece a Deus em holocausto recebendo  do anjo a coroa dos mártires.

            No Brasil São Sebastião é padroeiro de 122 Cidades e só no Ceará são nove(9) incluindo aí a Cidade de Mulungu cuja criação consta da provisão assinada por D. Joaquim José Vieira , Bispo de Fortaleza, tendo como data 7 de setembro de 1895, ou seja somos uma Igreja que completa neste ano 118 anos de existência.

CIDADES DO CEARÁ ONDE SÃO SEBASTIÃO É PADROEIRO


Choró, 
Ipu,
Lima Campos, distrito deIcó
Fazenda Facão, Interior de Quixeramobim, 
Pedra Branca e Candeia São Sebastião (interior da cidade de Baturité),
Distrito de Laranjeiras(Banabuiú)




2 comentários:

  1. SOLDADO SAO SEBASTIAO VIVE ENTRE NOS(CARISMAS), E VC VERA AINDA VERA MUITAS COISAS A SEU RESPEITO, HAVERA MUITOS ACONTECIMENTOS, SALVE SAO SEBASTIAO "Defensor Glorioso da Igreja de Cristo".

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